quarta-feira, junho 22, 2022

Top Gun : Maverick

 



Se você cresceu entre a década de 1980 e 1990, é impossível que não tenha visto ao menos uma vez aquele filme que traz , além de uma mega propaganda para a Marinha dos EUA, uma série de gente sarada, cheia de testosterona querendo mostrar que era melhor que o outro piloto. Ai o Top Gun original.

Mais de 30 anos depois do filme original (Top Gun é de 1986) , Tom Cruise quis mostrar que ainda está em forma (literalmente, fisicamente e como ator) e trouxe uma continuação do filme original, com uma série de homenagens a década de 1980 (lembrando que a Guerra Fria acabou,temos internet,  hoje a tecnologia manda, etc...), com todas  as informações disponíveis. 

Em um primeiro momento (sim a partir daqui SPOILER...) parece um reboot do filme original, pois todos os elementos estão lá, os cadetes "fodões" as aeronaves maravilhosas, o almirante linha dura e o capitão (sem promoção em 36 anos?) que continua na ativa , pilotando aviões (caças de teste) e se movimentando no ar como na década de 1980.

De certa maneira parece muito um reboot se não fosse pelo Maverick estar la, pois temos a cena no bar com bigodudo cantando (Great ball of fire), a cena na praia (o volley substituido pelo futebol americano) entre outras "homenagens" ao original. 

Entretanto o Capitão Maverick está la agora para ensinar os cadetes a conseguir entrar e destruir uma instalação militar e sair de la com vida. 

Maverick funciona como um "Top Gun" original no filme, já que seus parceiros da época ja são oficiais graduados e nem voam mais, portanto ele é a lenda que ainda gosta de cavalgar em Mach 10 o que os outros "Top Guns" da atualidade relutam em fazer. Ou seja o capitão que tem dificuldade de seguir ordens ainda está la.

A impressão que fiquei é que o filme acaba sendo mais para um público masculino na casa acima dos 40 anos e fãs do original, tamanha a quantidade de referencias ao filme de 1986. Um filme que ainda remete a Guerra Fria , um filme "a moda antiga" que pode ser visto como "macho alfa" demais em um mundo que mudou muito nos últimos anos.

Independente de tudo isso, o filme dialoga com o novo publico através das novas tecnologias, novos aviões, radares, internet, etc... coisas que nem existiam em um distante 1986, e faz com que Maverick tambem seja obrigado a se atualizar, mas claro que com toda experiencia de seus anos voando.

Todo potencial dramático está la: A possibilidade de morte, o passado que o persegue (um dos personagens é filho do Goose, seu companheiro que morreu no primeiro filme), o bar clássico com a namorada (aqui atualizada  para Jennifer Connelly que virou uma mega discussão na internet), a mão para continuar voando do amigo agora Almirante (papel bem legal que existe no filme graças a insistência de Tom Cruise para colocar um Val Kilmer debilitado por um cancer (ver doc na Netflix)  no filme), e claro as perseguições em caças bem melhores do que os antigos F14 da decada de 1980. Mas espere uma homenagem a eles ainda no filme. 

Em geral um filme que atualiza um clássico da década de 80 para as novas gerações, sem esquecer as homenagens a produção de 1986 (inclusive ao diretor Tony Scott do filme original que morreu a alguns anos).

Vale o ingresso, vai sentir aquela sensação de voltar ao passado com aviões e publico atual, mas com um Tom Cruise e diretor  Joseph Kosinski em forma, para mostrar o que o cinema dos EUA sabe fazer bem, homenagens a suas forças armadas.


#Joseph Kosinski,

#Top Gun: Maverick,

#Tony Scott,

#Top Gun,

#Tom Cruise,

#Jennifer Connely,

#Val Kilmer,


sexta-feira, maio 13, 2022

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura


 

Em 2016 já foi uma tarefa gigantesca transportar o universo dos quadrinhos para o cinema com o primeiro Doutor Estranho, entretanto lá se foram 6 anos para a produção do segundo, nesse caminho ouve várias participações do Doutor Estranho nos outros filmes da Marvel , inclusive uma mega importancia dele nos ultimos Vingadores.

Mas ai corta pra 2022, dois anos de pandemia para atrasar qualquer coisa (atrasar a vida no planeta na verdade) e um monte de dificuldades para conclusão do segundo filme. Pra ter uma idéia os três "Homens de Ferro" foram feitos entre 2008 e 2013.

Mas a espera valeu a pena, tiveram muito tempo pra caprichar em tudo, na história , nos CGIs (fantásticos) e pra evitar spoiler até aqui, só tiveram alguns furos que poderiam ter sido evitados (ai procurem os YouTubers , tipo Sessão Nerd https://www.youtube.com/watch?v=eH_T1Dk3wew ) que mostram esses detalhes.

Se o primeiro filme destoava dos anteriores da Marvel (até então ele não tinha aparecido nos Vingadores) , este o publico já estava mais acostumado com todo o Universo de magia e feitiçaria que envolve o Dr. Estranho.

Entretanto este "costume" com o Doutor Estranho, levou o filme a outros patamares, aqui mais para um filme de terror no meio do MCU.

Lembrando que aqui já estamos em uma nova fase do MCU (Marvel Cinematic Universe) e as possibilidades são infinitas depois do Vingadores Ultimato, resultando em um filme mais "adulto" da Marvel.

O interessante deste filme (sim daqui pra frente tem spoilers) é que não perdem tempo explicando coisas do MCU (como comentário sobre Homem Aranha) , simplesmente fazem comentários e cabe a você ir assistir aos filmes anteriores (que convenhamos agora são muitos).

Elizabeth Olsen está fabulosa em suas interpretações da Wanda (ou Feiticeira Escarlate) nas diversas, (Multiverso lembra? Diversas mesmo) aparições no filme, fazendo aqui um dos seus melhores filmes.

Benedict Cumberbatch está novamente ótimo, assim como em suas outras aparições nos diversos filmes da Marvel, mas aqui parece mais solto depois de interpretar tantas vezes o Doutor Estranho, e fica claro que ali é só uma porta de entrada para outros filmes que virão.

Benedict Wong que era um coadjuvante de luxo nos filmes anteriores da Marvel, aqui ganha um papel principal e se torna o Mago Supremo (nesse Universo) o que dá muitas outras possibilidades para ele no futuro da franquia, além de muito mais tempo na tela.

Eu não conhecia os trabalhos de Xochitl Gomez (fiz até uma pesquisa sobre ela antes de escrever este texto) que está muito bem no filme, assume um papel principal mesmo com a pouca idade, e manda bem com o personagem América.

Rachel McAdams ganha um papel maior do que no primeiro filme, inclusive nos Universos Paralelos, que deixa a porta aberta para ela na continuidade da franquia. Entretanto ela entra no furos que citei la em cima em algumas cenas.

O outro elemento que fez o filme muito bom é a qualidade dos efeitos visuais (Cgis) que são muito bem feitos, principalmente quanto pulam entre os varios Universos Paralelos, que para quem gosta de tecnologia como eu, vai pirar no cinema.

Com certeza Doutor Estranho no  Multiverso da Loucura é um dos melhores filmes do MCU e abre um universo (sim trocadilho) de possibilidades para a Marvel.

A ver e rever algumas vezes.








quarta-feira, janeiro 12, 2022

Não Olhe para Cima



 Um filme satírico, acho que é a melhor definição de Não Olhe para Cima. 

O filme é claramente uma crítica a sociedade consumista, aos "instagram" que muitas vezes estão mais preocupados em postar suas novidades do que salvar o mundo.

No filme (sim spoiler...) um grupo de cientistas conseguem localizar um cometa em direção a Terra, que óbvio acarretará na destruição global... mas tanto a presidente dos EUA (ótima Meryl Streep) como as empresas interessadas nas 'jóias" que o meteoro pode trazer a Terra, tentam ao máximo retardar a possibilidade de uma missão de interceptação ao meteoro, todos deslumbrados pelas possibilidades que ele trará pra cada um, o que claro acaba dando errado no final.

A analogia entre as mudanças climáticas, confiança na tecnologia e não em cientistas e por ai vai. Várias referencias a Carl Sagan entre outros cientistas, interesses políticos (acima da ciencia) e alusão a Apple (a Bash) onde o CEO se vê acima da humanidade, quase como um Deus.

Um filme cheio de simbolismos, quase um easter egg completo, com referencias a diversas (críticas) relações entre o mundo digital e a sociedade que parece cada vez mais encantada com seus smartphones,. com diversas imagens de vários locais no mundo (uma tentativa de mostrar a Globalização), fica confuso em determinados momentos, mas no geral de bem fácil entendimento.

Se você estiver lendo isso em 2022, existe uma óbvia relação a política brasileira (e em alguns locais no resto do mundo) com as indicações de negacionismo a chegada do meteoro.

Um filme que não vai agradar a todos... principalmente quem não acompanha a geração Instagram, Facebook, Smartphone, e de super exposição as redes sociais, onde muitas vezes as informações fúteis e vazias são mais importantes (ver o noticiário de sensacionalismo barato do filme com a Cate Blanchett em outra ótima atuação) onde a todo momento tentam levar informações sérias como se fossem apenas a apresentação de uma novo  namorado de uma famosa qualquer. E a algoritmos decidirem o que nós humanos deveríamos decidir. Muitos já fazem isso. 

Hoje uma obra futurista... ou premonitório? 






quarta-feira, outubro 20, 2021

O Poço


 Depois de muito tempo (muito mesmo) pensei em escrever no blog, só que vi muitos filmes medianos ou simplórios que acabavam não merecendo uma discussão mais aprofundada.

Mas  o Netflix sempre tem aqueles filmes escondidos que não damos bola em um primeiro momento, mas ao assistir, te dão um tapa na cara.

O Poço (sim a partir daqui spoiler..) é um desses filmes... no começo você tem a impressão de um filme de suspense com alguma critica social, mas aos poucos com os diálogos vai entendendo que a crítica é muito mais profunda do que parece.

Goreng (o ótimo ator Ivan Massagué) faz um cara que entra voluntariamente no poço, para parar de fumar.O poço no fundo se trata de uma prisão em muitos níveis, onde a comida vai descendo em uma plataforma que fica poucos minutos em cada nível. Mas os personagens que encontra na sua jornada  o faz pensar duas vezes na decisão que ele tomou.

Obviamente (vai entender a referencia vendo o filme rsrsr) ao ir para níveis mais baixos, a dinâmica muda muito quando a comida, já que lá nem migalhas chegam la.

Os personagens que contracenam com ele são estritamente necessários, visto que vai entender que cada um tem a sua importância na trama, até os nomes tem referencia a comida.

Agora o lado social  é bem pesado... as diferenças de quem está na parte de cima contra aqueles que estão nas camadas inferiores... uma crítica sócio-económica direta ao capitalistmo e a forma como a sociedade se porta, com aquele que estão na "nata" comendo e desperdiçando sem pensar nas consequencias para aqueles que vivem nas camadas inferiores. A dificuldade daqueles que estão n a parte de cima de entenderem o desperdício de suas existências.

"Se todos se alimentassem com o que apenas foi reservado para si, haveria comida para todos"

O filme é permeado de metáforas  como ele ser chamado de Messias, o livro Dom Quixote, tem 333 andares (duas por andar?),  há um paralelo com "Parasita" ótimo filme ganhador do Oscar, e um final um tanto interpretativo sobre a forma que vivemos e  o capitalismo. 

Preste atenção nas alucinações ... ela são um bom caminho para entender o final.

Um filme ótimo sobre os limites da solidariedade. O caramujo/escargot é uma bela metáfora sobre o quão baixo ou alto você pode estar.


terça-feira, dezembro 08, 2020

Dark



 Black Mirror é pra mim a melhor série de ficção do Netflix. 

Mas apesar de um pouco confusa, Dark  impressiona bastante.

Não vou dar spoiler pois é até complicado explicar. Pra assistir, tem que abrir a mente sobre viagens no tempo, buraco de minhoca e principalmente sobre como as ações no passado e futuro afetam a vida agora... e no passado.. e no futuro... confuso? Pois é...

O primeiro ano la pelo meio você começa a entender a trama, a dinâmica da série.

Já tem 3 anos no Netflix.. terminei o primeiro.. e continuo assistindo. 

Não consegui inserir aqui o trailer em português, mas tem no Youtube.

quarta-feira, setembro 16, 2020

After Life

Nos últimos tempos, tenho visto mais ficção (científica ou não) e graças a pandemia o cinema 2020 foi praticamente nulo. Netflix e Prime Vídeo (Amazon) se tornaram os amigos pra todas as horas.

Depois de uns meses de Prime para ver o que não tem na Netflix, voltei por causa de alguns filmes e séries que tinha deixado parados ou nem iniciado. Em conversas (whatsapp... pandemia), recebi a indicação de uma série com Rick Gervais (que também é diretor) chamada After Life.

Sem dar muito spoiler (mas claro dando alguns) é uma comédia dramática de humor negro bem britânica. No principio você fica meio incomodado com o cara extremamente escroto que é o personagem principal (o próprio Gervais), que faz Tony, um homem de meia idade que acabara de perder a esposa para um câncer.

Como gosto da (falta) de sutileza do humor britânico, com o tempo você entende que a série não é apenas sobre perdas, mas sobre pessoas. Pois não só Tony teve perdas, apesar de ele não querer entender isso, e seu entorno é feito por pessoas de difícil trato, malucos de plantão, alguns depressivos e gente tentando a todo custo a felicidade na vida e nas relações. 

Ou seja praticamente o cotidiano da maioria das pessoas. A série já está em seu segundo ano (primeiro foi em 2018.. ) e é simplesmente genial. Com certeza ficará entre a empatia e a raiva com o personagem diversas vezes, pois Tony diz tudo que pensa, e o que isso pode acarretar. 

O genial é que a série que poderia ser chata e desmotivante, é exatamente o contrário. Através do sarcasmo, das relações pessoas, das chatices do personagem, você vai vendo que o cotidiano das pessoas é muito parecido, e que as perguntas são na maioria das vezes as mesmas sobre existência, perda, cotidiano, amores, etc... Uma série a ver. 

 

 

quarta-feira, outubro 09, 2019

Coringa

A quase um ano não escrevo nesse blog. Já fazia algum tempo que ele praticamente tinha virado minhas impressões sobre os diversos filmes que assisto, e admito que vi  muitos filmes ruins nos últimos tempos, mas que não sei por que (devo estar ficando chato) a crítica adora.

Mas acho que pela primeira vez este ano tenho de concordar... Coringa é ótimo.

A entrega de Joaquin Phoenix ao personagem é fantástica. 

Se lembrarmos que o Coringa já teve muitas encarnações, este é o primeiro que consigo achar melhor que o de Heath Ledger em Batman Cavalheiro das Trevas. Quanto aos outros, apesar de gostar do Coringa caricato mais próximo a série da década de 60  de Jack Nicholson, e não ter achado nada bom o Coringa de Jared Leto, tudo fica em segundo plano agora, pois além de uma entrega de performance genial, temos um roteiro muito bom tambem.

Mas vamos ao filme... (spoiler..) 

Aqui Artur Fleck, um palhaço de rua e comediante frustrado de stand-up, vive com uma mãe pra lá de estranha (maluca) em uma Gothan na década de 70, onde a cidade está prestes a implodir em violência e malucos de plantão.

Com um problema psicológico que o faz rir em qualquer momento (e que cria momentos absurdamente malucos no filme), em conjunto com sua instabilidade emocional, e a atuação física impar de Joaquin, faz com que tenhamos um Coringa único.

Um filme para maiores de 18 anos por causa de suas cenas de violência (entre outras loucuras) e principalmente não vá ao cinema atrás de um filme de heróis da Marvel ou DC... aqui a pegada é outra.

Um filme para ser visto e revisto, pelo ponto de vista da loucura, da necessidade de aceitação, da sociedade em completa decadência, entre tantos outros assuntos que me vieram a cabeça durante a sessão. 

O primeiro grande filme da DC, e que espero que seja a porta de entrada para uma nova pegada em filmes de heróis (ou anti heróis) .

E se Joaquin Phoenix não merecer ao menos ser lembrado pelo Oscar, a Academia mostra estar cada vez mais desconectada com o público.

Trailer




terça-feira, dezembro 11, 2018

Synchronicity

Ficção cientifica tem um público especifico... e estamos em uma época de grandes produções (blockbusters) que pouco espaço sobra pra produções independentes no cinema.

Ai entra o Netflix.

Um filme independente e interessante é o que posso dizer.

Synchronicity é muito Blade Runner, difícil assistir e não ver a clara alusão ao filme. 


No filme, (sim spoiler..) alguns cientistas tentam montar um equipamento que viajaria no tempo... Jim Beale é o lider do grupo e para conseguir seus feitos, precisa do dinheiro de um investidor (Michael Ironside único famoso do filme) que não é la dos mais educados digamos assim... sem falar que como em Blade Runner se cria um clima amoroso que é pouco desenvolvido no enredo.

Teorias de buraco de minhoca , relatividade, paradoxo temporal, física quântica , universos paralelos , com uma pegada NOIR, ta tudo la, mas como é um filme de baixo orçamento, algumas coisas podem ficar confusas em determinado momento, mas no final vai entender.

Um filme a ver, meio confuso, mas com um desfecho interessante.






terça-feira, setembro 25, 2018

O Paciente - O Caso Tancredo Neves

Ontem, 24 de Setembro, acabei tendo duas aulas de história em um único filme. 

Fui assistir "O paciente - O caso Tancredo Neves" que conta a história do último mês de vida de Tancredo Neves, presidente eleito pelo Colégio Eleitoral mas que nunca subiu a rampa do Planalto.

O filme mostra (spoiler...se é que não conhece a história) os acontecimentos nos dias antes da posse, os problemas da comissão médica (e seus erros e egos) durante os dias seguintes até sua morte em Abril de 1985.

O que mais me impressionou foi a quantidade de pessoas que foram assistir, em plena segunda feira , dia de meia entrada a sala tinha (contando comigo) 4 pessoas.

Isso explica bem o que acontece hoje no Brasil. Pouco mais de 33 anos depois dos acontecimentos, o público não em interesse em filmes históricos (a alguns meses aconteceu o mesmo com Getúlio, que tinha pouco mais de 20 pessoas na sala) , ou principalmente na história do próprio país, preferindo "achismos" no facebook e whatsapp ao invés de ler e se inteirar de fatos históricos. Triste momento.

No final foi um bom filme, bem didático, principalmente quanto aos erros dos médicos e o medo do Tancredo quanto a passagem do Governo pelo então presidente Figueiredo ao vice de Tancredo, um Sarney recém saído do partido dos militares e visto por eles como um traidor. 

Em determinados momentos, citam até as teorias da conspiração, que teria levado um tiro, etc...

Um momento não tão distante da história do Brasil, principalmente por causa da campanha das Diretas ocorrida meses antes. E que provavelmente muito do público jovem de hoje, nem tem noção daqueles acontecimentos. 

A ver.

Trailer




sexta-feira, julho 20, 2018

Anon

Aos poucos a Netflix tem começado a acertar em seus filmes. Vários atores famosos estão em suas produções e a qualidade do enredo e das histórias estão indo pelo mesmo caminho. 

Na verdade é o segundo apenas que assisto dessas produções, sendo que o primeiro Bright é um tanto fraco pelo tamanho da propaganda feita em cima dele. 

Já em Anon (sim aqui começam os Spoilers...) é uma ficção cientifica bem mais elaborada, com personagens mais densos apesar da história ainda ter um desfecho um pouco simplório. 

No filme, a criminalidade é praticamente zero,  pois agora tudo o que todos veem está aberto a policia, pela visão do espectador, inclusive idade, profissão, etc.. .tudo aparecendo diretamente como um "preview" da pessoa, e se necessário as memórias podem ser acessadas para descobrir os caminhos que levaram a pessoa a algum crime. 

Só que como sempre haverá hackers de sistema... e entre eles uma simplesmente denominada de "a garota' pois não tem identificação, e pra piorar , descobriu uma maneira de apagar todo seu rastro do sistema e de todos que  a viram, independente de qualquer ação. 

E essa falha, permite que assassinatos ocorram sem que se consiga acessar as informações do assassino. 

A partir dessa premissa, o detetive de primeira classe (personagem de Clyve Owen) tem a missão de tentar encontrar a garota e com ela achar quem está assassinando as pessoas (se não for ela mesma) .
Aqui  o principal é a maneira que os dispositivos são utilizados, a maneira como o Estado ou as Corporações por traz do dispositivos tem acesso ao sistema, o que leva a discussão sobre a relação das pessoas com a privacidade, se realmente é necessária pode ser vista como uma coisa de Estado.

O filme não se aprofunda nessa discussão e fica praticamente na superficie do uso das idéias e da tecnologia. Faz lembrar um pouco sobre "fantasmas de sistema" tema bem comum em ligações com hackers, mas sem uma discussão no filme que leve a uma idéia crítica. 

Em determinados momentos o uso da técnica de mostrar as informações de tudo e todos (quando digo todos , digo informações simples como composição de cachorro quente, molhos, além da idade, profissão,  etc...) vira até um alivio quando somente da tela em algumas partes.

Com um roteiro razoável e a ação travada na tecnologia, acho que foi uma idéia ótima mas mal executada. Um filme geek mas que podia ter sido mais explorado. Mas como filme de geek vale assistir e tirar suas conclusões. 

No Netflix. 

Trailer

terça-feira, julho 03, 2018

Os Incríveis 2

Continuações sempre são meio previsíveis, pois seguem uma simples regra: Fazer mais do mesmo do anterior. 

Em "Os Incríveis 2" é mais ou menos isso... com algumas mudanças que fazem valer a pena assistir o desenho. 

Falamos aqui de 14 anos de distância do primeiro "Os Incríveis" de 2004, onde a família "Pera" (na tradução brasileira) teve sua saga contada. E agora aproveitam para além de dar literalmente continuidade ao anterior (o filme começa exatamente na cena final do anterior com o Escavador atacando a cidade) e mostrar as mudanças que ocorreram nas relações entre as famílias nesses últimos anos. 

No filme (sim spoilerrr monstrooooo) a família está morando em um hotel (depois de ter a casa destruída no final do primeiro filme)  tem de lidar com o desemprego de Beto Pero (Sr. Incrível) e com a desistência do Governo de apoiar a recolocação (e realocação)  dos ex heróis. 

Em um momento de apoio, um empresário local (que o pai acreditava muito no efeito dos heróis e na justiça) quer ajudar a família e aos heróis em geral, proibidos de ser heróis por ações judiciais do governo. 

A partir dai, a família consegue uma nova casa, e trabalho, só que para a mulher elástico, o que em uma sociedade machista como a nossa faz com que o Sr. Incrível se sinta diminuído ao ter de cuidar da casa enquanto a mulher da duro como heroína. 

A questão da troca de papéis é um dos momentos cruciais do filme, bem como a ligação feminista entre os personagens. Uma atualização para a realidade que muitos casais vivem atualmente. 

O avanço da tecnologia também fica visível nos trações, roupas e ângulos de câmeras, mas que não deixa de ser um filme feito para agradar crianças e adultos. Um filme que consegue ter uma temática adulta sem perder o ar infanto juvenil do primeiro com seus heróis. 

Achei um excelente filme para uma continuação. A ver . Trailer







Top Gun : Maverick

  Se você cresceu entre a década de 1980 e 1990, é impossível que não tenha visto ao menos uma vez aquele filme que traz , além de uma mega ...